É na imensidão e no escuro,
onde se torna real, uma vem diretamente,
afunda na alma e mancha a sua face,
traz as inquietações no chão duro
Expõe-se assim "um encrave" enterrando,
lá no subsolo, no submundo
vagando nas suas coisas obsoletas
Sei que a tristeza vem encerrando por hora
A viagem é em acreditar em quem?
poderia ser mais letal, maldoso,
Fraco igual ao cair das folhas no outono
visivelmente secas, sem o verde, sem vida
um lamento é um sozinho,
nada a declarar sobre aquilo
que se vê, um objeto, um poste
plantou e está bem ali na frente
Verás sempre a penumbra que cai no poente,
e o raia do sol no nascente
só faz sentir vivo ao ver a resta no chão
pobre, animado, podre e vazio de observação reluzente
enxergar as cegas ali
na solidão e no tempo
que não da tréguas
mesmo calado mesmo sofrendo
não exita não quer fracassar
Está de pé sempre
ao silencio, vigia a nobreza de uma natureza
e ver os berros de sua vida em volta a soar
até mesmo assim ele está lá
marcando sua presença,
sem precisar dizer nada
apenas está lá com um proposito
Que não é enfeitar!
Autor: Alci Torres Resende
Data: 21/11/2011
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