sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Alerta do tempo!

Cliff é um homem esbelto, claro, alto, gosta de cuidar de seu bem está, sua forma física, sua mente e sua saúde, contanto não consegui viver sem angústia e sem agonia profunda dada aos que são escravos da correria do dia após dia, do cotidiano, está sempre reclamando do tempo e de todos, reclama muito do tempo... queria que o dia fosse mais prolongado, em suas contas mais umas duas ou três horas.
Certa vez saiu de sua casa cedo para fazer uma caminhada matutina e saudável, ainda estava escuro, amanheceria após uns 05 minutos, seguiu adiante em uma trilha pouco utilizada, sem se dar conta que fizera algo que não estava programado, caminhado sozinho por uma estreita via em meio à relva do campo e os animais que ali os observavam, até ai só se ouviam sua respiração dedicada ao exercício correto e suas pegadas, foi quando um som o chama atenção! Esse novo som vinha de uma trilha muito pouco percorrida, pois, quase não se via o caminho tanto que o mato havia quase que tomado por completo seu curso, curioso Cliff seguiu o som, era movido por ele naquele momento, aquela música o faria sentir-se nas nuvens.
Chegando mais próximo se surpreendeu com o que viu, um árvore imensa, e num dos galhos retorcidos uma moça aparentando seus 20 anos de pele clara e sedosa tocava uma harpa, coisa rara de se ver, ele ficou estático, paralisou naquele momento percebia que a menina nem tinha notado sua humilde presença, pois estava tocando em uma espécie de êxtase, a luz do sol a essa altura adentrava por entre as frestas das folhagens e assim ele sentia que estava em um outro universo, tomado pela sensação de paraíso, foi quando a moça notou sua presença, sorrio e continuou a tocar.


 Sem conseguir entender nada daquilo, ele chora, chorou muito até agradecer por está vivo, por ter a oportunidade de encontrar a paz naquele momento de sua vida, já nem se lembrava da angustia e amargura que o seguia durante tempos em sua vida, depois de muitas lágrimas, a moça parou de tocar, e Cliff não hesitou em perguntar sobre tudo aquilo que presenciava, - Quem é você? E o que exatamente esta fazendo? Você está aqui sempre? Onde você faz shows? Quero ouvir isso sempre agora... ela responde:  - Essa é minha maneira de rezar!, é minha maneira de agradecer a Deus, faço isso sempre, e assim fico cheia de vida e de alegria.
Naquele momento Cliff fez uma reflexão sobre toda a sua vida, seus afazeres e seu curto tempo. Assim percebeu  que nele o AMOR pelo criador não tinha espaço, isso explica por que nunca havia sentido como se estivesse no paraíso, talvez não tivesse tempo para ir lá.


Depois daquilo, Cliff trouxe para sua vida um espaço em seu tempo, para DEUS, e assim decidiu o resto de sua vida na terra mudaria de sentido, agora ele sentia o amor que era esquecido para dar espaço ao seu tumultuado cotidiano.

Alci Resende, 10 de Fevereiro 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Segundo Schopenhauer em seu livro DORES DO MUNDO,

"Querer é essencialmente sofrer, e como o viver é querer, toda a existência é essencialmente dor. Quanto mais elevado é o ser, mais sofrerá... A vida do homem não é mais do que uma luta  pela existência com a certeza de ser vencido... A vida é uma caçada incessante onde, ora como caçadores, ora como caça, os entes disputam entre si os restos duma horrível carnificina; uma história natural da dor que se resume assim: querer sem motivo, sofrer sempre, lutar sempre, depois morrer e assim sucessivamente pelos  séculos dos séculos, até que o nosso planeta se faça em bocados."

Quem ainda deseja está nota? O seu valor será sempre o mesmo...

Quem ainda deseja esta nota?

Cassan  Said Amer conta a historia de um palestrante começou um  seminário segurando uma nota de 20 dólares e perguntando:


- Quem deseja essa nota de 20 dólares?


Várias mãos se levantaram, mas o palestrante pediu:
- Antes de entrega-la, preciso fazer algo.
Amassou-a com toda fúria, e insistiu:
- Quem ainda quer esta nota?
As mãos continuaram levantadas.
- E se eu fizer isso?
Atirou-a contra a parede, deixou-a cair no chão, ofendeu-a, pisoteou-a, e mais uma vez mostrou a nota – agora imunda e amassada. Repetiu a pergunta, e as mãos continuaram levantadas.
- Vocês não podem jamais esquecer esta cena – comentou o palestrante. – Não importa o que eu faça com este dinheiro, ele continua sendo uma nota de 20 dólares. Muitas vezes em nossas vidas somos amassados, pisados, maltratados, ofendidos; entretanto, apesar disso, ainda valemos a mesma coisa...


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Afinal, estes são meus amigos... (Reflexão para todos)



Este rei é poderoso porque “tem pacto com o demônio” – dizia uma beata na rua. O rapaz ficou intrigado.
Tempos depois, enquanto viajava para outra cidade, o rapaz escutou um homem ao seu lado comentar:
- Todas as terras pertencem ao mesmo dono. Isto é coisa do diabo!
No final de uma tarde de verão, uma bela mulher passou ao lado do rapaz.
- Esta moça está a serviço de Satanás! – gritou um pregador, indignado.
A partir daí, o rapaz resolveu procurar o demônio.
- Comenta-se que o senhor faz as pessoas poderosas, ricas e belas – disse o rapaz, assim que o encontrou.
- Não é bem assim – respondeu o demônio. Você só escutou a opinião daqueles que estão querendo me promover.

A História do Lápis



Autor Paulo Coelho

 
O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?
E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras,
é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

"Primeira qualidade:
Você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus,
e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade:
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo,
e usar o apontador.
Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final,
ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade:
O lápis sempre permite que usemos uma borracha
para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos
não é necessariamente algo mau, mas algo importante
para nos manter no caminho da justiça".

"Quarta qualidade:
O que realmente importa no lápis não é a madeira
ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida,
irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O MORTO QUE VESTIA PIJAMAS "Será que temos amigos"


Leio em um portal de notícias na internet: no dia 10 de junho de 2004, foi encontrado, na cidade de Tóquio, um morto vestido de pijamas.
Até aí, tudo bem; penso que a maioria das pessoas que morrem estão usando pijamas, ou:
A) morreram dormindo, o que é uma bênção;
B) estavam junto de seus familiares, ou em um leito de hospital; a morte não chegou de repente, todos tiveram tempo de se acostumar com "a indesejada das gentes", como a chamava o poeta brasileiro Manuel Bandeira.
A notícia continua: quando ele faleceu, estava em seu quarto. Portanto, eliminada a hipótese do hospital, ficamos apenas com a possibilidade de que ele tenha morrido dormindo, sem sofrer, sem mesmo dar-se conta que não iria ver a luz do dia seguinte.
Mas, resta uma possibilidade: assalto seguido de morte.
Não havia qualquer sinal de luta, violência, ou coisa parecida. Um oficial da Polícia Metropolitana, em entrevista ao jornal, afirmava que com quase toda certeza ele morrera de algum ataque súbito do coração. Portanto, descartamos também a hipótese de um homicídio.
O cadáver fora descoberto por empregados de uma empresa de construção, no segundo andar de um prédio, em um conjunto habitacional que estava prestes a ser demolido. Tudo nos leva a pensar que nosso morto de pijamas, na impossibilidade de encontrar algum lugar para viver em um dos lugares mais densamente povoados e mais caros do mundo, decidira simplesmente instalar-se onde não precisava pagar aluguel.
E então chega a parte trágica da história: nosso morto era apenas um esqueleto vestido com pijamas. Ao seu lado, havia um jornal aberto, datado de 20 de fevereiro de 1984. Em uma mesa próxima, a folhinha marcava o mesmo dia.
Ou seja: estava ali há vinte anos.
E ninguém dera por sua falta.
O homem foi identificado como um ex-funcionário da companhia que construíra o conjunto habitacional, para onde se mudara no início dos anos 80s, logo depois de divorciar-se. Tinha pouco mais de cinqüenta anos no dia em que estava lendo o jornal, e de repente deixou este mundo.
Sua ex-mulher jamais o procurou. Foram até a empresa onde ele trabalhara e descobriram que já que nenhum apartamento tinha sido vendido, haviam pedido falência logo depois de completar a obra, e por isso não estranharam o fato de o homem não aparecer para suas atividades diárias. Procuraram seus amigos, que atribuíram seu desaparecimento ao fato de ter pedido algum dinheiro emprestado, e não ter como pagar.
A notícia termina dizendo que os restos mortais foram entregues à ex-esposa. Eu terminei de ler o artigo, e fiquei pensando nesta frase final: a ex-esposa ainda estava viva, e mesmo assim, durante vinte anos, jamais procurou o marido. O que deve ter passado por sua cabeça? Que ele já não a amava mais, que tinha decidido afastá-la para sempre de sua vida. Que havia encontrado outra mulher, e desaparecido sem deixar vestígios. Que a vida é assim mesmo, uma vez terminado os trâmites do divórcio, não tem nenhum sentido continuar uma relação que já foi legalmente terminada. Imagino o que deve ter sentido, ao saber o destino do homem com quem compartilhara grande parte de sua vida.
Em seguida, pensei no morto de pijamas, em sua solidão completa, abissal, a ponto de ninguém neste mundo inteiro ter-se dado conta, por vinte longos anos, que ele simplesmente desaparecera, sem deixar traços. E concluo, que pior do que sentir fome, do que sentir sede, do que estar desempregado, sofrendo por amor, desesperado por uma derrota pior que tudo isso, é sentir que ninguém, mas absolutamente ninguém neste mundo, se interessa por nós.
Que neste momento, façamos uma prece silenciosa para este homem, e lhe agradeçamos por nos fazer refletir sobre a importância de nossos amigos.




COELHO, Paulo. Ser como um rio que flui, pensamentos e reflexões. 2009

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Fábula do Porco-Espinho

Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima poderia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram...

(Autor desconhecido)